Dia de Campo mostra alternativas de produção de forragem
Isolda Monteiro
4 de maio de 2019
Alternativas de produção de forragem para épocas secas foram apresentadas para cerca de 100 pessoas, entre produtores rurais, estudantes, entidades parceiras em Dia de Campo na Unidade de Referência Tecnológica (URT), no município de São Raimundo Nonato-PI.
O projeto Forrageiras para o Semiárido é um trabalho desenvolvido pelo Instituto CNA, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Piauí – FAEPI e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. O superintendente do SENAR-PI, Paulo Emílio, fez a abertura do evento agradecendo a presença da Telma Macedo, esposa do Jurandir Macedo (in memorian) por ter cedido a propriedade; a representante do Instituto CNA, Ana Mera, dos parceiros, demais convidados e destacou a importância do projeto para a região.
“Este experimento dá uma diretriz e facilita o trabalho do homem do campo, temos um mostruário muito bom, as forrageiras avaliadas apresentaram uma produtividade excelente para as condições locais”, ressaltou. Durante o evento, estruturado em quatro estações, os técnicos mostraram as espécies que estão sendo estudadas, a evolução da pesquisa e a importância da pecuária sustentável, das gramíneas perenes (capins) e anuais (milho, milheto e sorgo), cactáceas e espécies florestais (moringa e gliricídia). Além disso, foi apresentado o aplicativo “Orçamento Forrageiro”, uma ferramenta de gestão de recursos forrageiros da propriedade rural do semiárido.
O técnico responsável da URT, José João explica que em dois anos de pesquisa já é possível avaliar algumas culturas que se destacam “os capins são mais resistentes, a exemplo o capim-massai. O que se espera é apresentar para os produtores quais culturas se adaptam melhor as nossas condições de clima e solo”.
“O dia de campo em São Raimundo Nonato é o terceiro que participamos. O projeto como um todo é muito benéfico e a expectativa é que no final do projeto possamos fazer uma recomendação de forma consolidada, que seja de fato útil e que os produtores e estudantes possam sempre usufruir destas informações e da área, que é um patrimônio, e aplicar na prática o que temos estudado aqui”, destaca Ana Mera, assessora técnica do Instituto CNA.
Para o produtor Renato Honorato, a complementação alimentar em períodos de seca são essenciais. “Quanto mais utilizarmos novas técnicas, mais teremos recursos porque na estiagem sem essa complementação é impraticável manter a atividade”, disse.