Confederações patronais discutem impactos do corte de 50% na arrecadação do Sistema S
Isolda Monteiro
12 de maio de 2020
As confederações patronais se reuniram na terça (12) para apresentar os impactos dos cortes de receita do Sistema S para a economia ao deputado Hugo leal (PSB/RJ), relator da Medida Provisória (MP) 932, que propõe uma redução de 50% na arrecadação destas entidades durante 3 meses.
O encontro aconteceu na sede da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em Brasília, e foi coordenado pelo presidente da instituição, Vander Costa. O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, e o consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nilson Leitão, participaram da reunião.
A MP foi editada pelo governo no início de abril e tem validade até 30 de junho em razão da pandemia do coronavírus. O Sistema S é responsável por ações de educação, formação profissional e promoção social, gerando milhares de empregos em todo o Brasil.
As entidades relataram as negociações feitas até agora para minimizar os efeitos negativos da MP para os setores da economia representados pelo Sistema S. O diretor-geral do Senar falou sobre os impactos do corte em atividades que beneficiam produtores rurais, como a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), educação a distância e promoção social.
Carrara também explicou que o período de vigência da MP é justamente o período de pico da arrecadação de receita para o Senar por conta da comercialização da produção, que representa a maior parte da arrecadação obtida com as alíquotas de contribuição para o Sistema S.
“Cada entidade apresentou seus impactos ao relator. Ele se mostrou um profundo conhecedor do Sistema S e muito sensível aos prejuízos e prometeu continuar o diálogo para minimizar os efeitos da MP”, relatou Carrara.
As nove entidades que compõem o Sistema S são: Senar, Sesi, Senai, Senac, Sesc, Senat, Sest, Sescoop e Sebrae.