CNA debate ações da iniciativa privada diante da pandemia
Isolda Monteiro
14 de maio de 2020
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu na quarta (13) as ações e respostas da iniciativa privada à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), durante um encontro online.
O evento foi realizado pela Women Inside Trade (WIT) e contou com a participação da coordenadora de Inteligência Comercial da CNA, Sueme Andrade.
Sueme iniciou sua exposição destacando o crescimento das exportações brasileiras de janeiro a abril deste ano. O volume é 6% maior que no mesmo período do ano passado. “Houve redução das importações agropecuárias de alguns países, mas a participação da China tem crescido muito e compensado essa queda”.
Segundo a coordenadora, o medo do desabastecimento de alimentos fez com que muitos países se protegessem e criassem um ambiente protecionista. “O Brasil precisa manter sua imagem de importante fornecedor de alimentos e estar preparado para operar em outro nível de economia”.
Durante o debate, Andrade também pontuou as ações da entidade para reduzir os impactos do coronavírus no setor. A primeira delas foi a garantia de que a atividade agropecuária fosse estabelecida como serviço essencial no período de calamidade pública (Decreto nº 10.282).
Em seguida, citou as medidas de prorrogação dos prazos para pagamentos dos financiamentos rurais, renegociação de dívidas e melhorias para acesso ao crédito.
Outras ações importantes destacadas pela representante da CNA foram as de apoio à comercialização de produtos agropecuários, como o retorno das feiras livres, a abertura do mercado da Coreia do Sul para o camarão brasileiro, além da criação de uma plataforma de comércio eletrônico, o Mercado CNA.
Ao ser questionada sobre a pós-pandemia, Sueme acredita que haverá uma exigência maior com relação à sanidade dos alimentos. “O Brasil tem um status sanitário muito positivo e funciona como cartão de visita. Precisamos garantir melhores condições para que o agro não pare e não haja crise de desabastecimento de alimentos”, disse.