A última pesquisa Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados) revelou um crescimento de empregos no setor agropecuário do Piauí três vezes maior que a média dos demais setores do Estado. A pesquisa é referente ao período janeiro – novembro do ano passado. O aumento foi de 16,09% no estoque de empregos, enquanto a média dos setores agrupados ficou em 5,55%.
Aumentando a contratação de mão de obra em 2.000 vagas de emprego a mais que no ano anterior e um crescimento três vezes superior que a media de todos os setores.
“Isso é muito animador e importante para nós que estamos a frente do setor, pois sabemos que mesmo em meio a tantas dificuldades de infraestrutura que impedem a atração de indústrias do setor agropecuário estamos conseguindo manter e aumentar nossa contribuição para o crescimento econômico e social do Piauí”, afirma o presidente da Aprosoja Piauí, Alzir Neto.
Ainda segundo Alzir, há, no entanto, a preocupação de que a nova carga de tributos estaduais sobre o faturamento bruto do setor impactará negativamente a partir deste ano, pois aliada a falta de infraestrutura o aumento das taxações desestimula investimentos e o Piauí perde em competitividade. “Já disputamos em condições desiguais por conta de nossas estradas, falta de um polo agroindustrial e outros problemas, fundiários – por exemplo, agora com mais imposto aumenta nossa desvantagem enquanto estado produtor e competidor no mercado”, acrescenta.
Impostos – O Governo do Estado reajustou a alíquota modal do ICMS no Estado (de 18 para 21%) que impacta diretamente no custo de produção das lavouras e, principalmente, criou uma taxação sobre o faturamento bruto da agropecuária (até 1,65%) através do FDI/PI (Lei Complementar nº 269 de 08/12/2022), a tendência é que em 2023 os investimentos e a geração de renda e emprego sejam negativamente impactados no Setor.